segunda-feira, 7 de março de 2011

Sampdoria: como conseguiu cair tanto de produção?

Na temporada passada, a Sampdoria foi muito bem e conseguiu inclusive, uma vaga para os "play-offs" da Champions League. Mas com a saída do técnico Luigi Del Neri e posteriormente, de Cassano e Pazzini, as coisas mudaram radicalmente e hoje o time briga para não cair.
Depois da saída de Walter Mazzari, para o Napoli, o time da cidade de Gênova buscou em Luigi Del Neri uma esperança para quem sabe, conseguiu alguma vaga em competições europeias.
Assim que chegou, "Giggi" tirou o time do 3-5-2, tão frequente em equipes de Mazzari, e implantou seu 4-4-2, tendo como dupla de ataque, Cassano e Pazzini.
O sistema defensivo era composto principalmente do goleiro Storari (tendo no banco Castellazzi) e da sólida dupla Lucchini e Gastaldello.
Os destaques no meio-campo eram o ex-jogador da Roma, Stefano Guberti, que atuava com bastante liberdade pelo flanco esquerdo e o capitão Angelo Palombo, verdadeiro "leão-de-chácara", inclusive, com frequente presença nas convocações para a seleção italiana.
O time encaixou-se ao estilo de jogo de Luigi Del Neri de tal forma que, conseguiu a última vaga para a Champions League e teria apenas que disputar um play-off contra o Werder Bremen para estar na fase de grupos.
Mas a Sampdoria não contava com a Juventus no meio do caminho. Digo isso porque foi o time bianconero que contratou o técnico Del Neri e o goleiro Storari. A Inter veio com uma bela oferta e Casttellazzi também saiu. Contudo, até aí, a perda mais sentida foi a do treinador.
Para substituí-lo, foi trazido Domenico Di Carlo, que inteligentemente, não mudou o estilo de jogo do time. Mas não conseguia "extrair" dos jogadores o mesmo que "Giggi". Resultado, não chegou à fase de grupos da Champions e ainda por cima ficou em 3o. lugar na fase grupos da Europa League, perdendo para PSV e Metalist.
Logo se viu que não daria para esperar muito deste time na atual temporada e os resultados dentro do próprio campenato italiano mostravam isso. Apesar de algumas vitórias (bastante sofridas, diga-se de passagem) o time não convencia.
E como se não bastasse e crise dentro de campo, também houveram polêmicas fora dele. Mais precisamente um grande desentendimento entre Antonio Cassano e o presidente do clube, Riccardo Garrone. Isso resultou simplesmente na saída do atacante, que foi para o Milan.
Não obstante a isso, a Inter voltou à bater a porta da Samp, desta vez, o interesse era em Pazzini e dadas às condições de ambos os clubes, não teve outro jeito: Pazzini fechou com a Inter e Biabiany foi emprestado para o time de Domenico Di Carlo.
Com tudo isso, não houve outra alternativa a não ser mudar o esquema do time. De um 4-4-2 eles passaram a jogar em um 4-3-2-1, tendo apenas Maccarone (uma das poucas contratações do time) no ataque. Aposto que estão se perguntando de Macheda, bom, ele foi "testado" ao lado de Maccaroni, mas a dupla não deu certo e com isso, o jogador do Manchester United é banco.
Os meias mais ofensivos eram Guberti e Biabiany, que até tentavam algo, mas não conseguiam muita coisa. O problema foram dois dos três homens de marcação, à exceção de Palombo, logicamente. Mannini que tinha muita liberdade pela direita, acabou ficando "preso" na marcação e o mesmo aconteceu com Dessena.
Mas nada disso adiantou, aliás, só complicou as coisas. Na última rodada, contra o Cesena, o time acabou tomando 1x0 no primeiro tempo e logo no começo do segundo, tomou mais dois.
Depois disso até foi buscar o jogo e acabou fazendo dois gols e descontando, contudo, foi mais na base da raça do que da técnica.
E essa derrota foi a derradeira de Domenico Di Carlo, já que hoje, ele foi demitido  e para seu lugar, foi contratado Alberto Cavasin, que tem vasta experiência na Seria B e estava sem clube desde abril, quando saiu do Bellinzona, da Suíça.
Ele encontrará o time na 14a. colocação, com apenas 31 pontos e terá a missão de salvar o time do rebaixamento a fim de que, na próxima temporada, uma reestruturação seja feita.


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