sexta-feira, 4 de março de 2011

Afinal, mudou alguma coisa na Roma?

A Roma treinada por Claudio Ranieri não começou bem a temporada. Mas no returno se recuperou de uma forma sensacional brigando por uma vaga na Champions League. Acho que até aí tudo bem, pois todas as temporadas da Roma são assim.
Entretanto, de uns tempos para cá, os giallorossi entraram em uma sequência abominável de más atuações. Nisso, eu acabei dizendo que era um dos times mais desorganizados da Europa, dentre os principais campeonatos, logicamente.
Ranieri assim que chegou implantou seu 4-4-2, o qual, sempre foi de seu agrado. Mas com o passar da temporada, passou a armar o time em um 4-2-3-1. Este foi melhor "abstraido" pelos jogadores, já que, Luciano Spalletti sempre jogava assim.
O que foi mais absurdo nos últimos momentos do ex-técnico da Juve na Roma, foi a apatia com que os jogadores atuavam, não importando as modificações que ele fizesse.
Não havia como apontar um destaque, todo o time estava ridículo. A defesa formada na maioria das vezes por Mexés e Juan cometia erros que eu nunca pensava em ver. Apenas John Arnie Riise acabava se salvando.
No meio-campo, apenas Ménez e Fabio Simplicio poderiam ter um destaque maior, porque, às vezes, jogavam bem.
Poucas vezes vi De Rossi atuar tão mal por vários jogos consecutivos. Pizarro era pouquíssimo utilizado, assim como Brighi. Ranieri insistia em Perrotta, mas não adiantava.
Totti não estava rendendo o esperado, nem no meio nem no ataque, com isso, Ranieri o colocou no banco. Decisão que provocou muitíssima polêmica.
O ataque talvez fosse o setor "menos pior" já que Borriello vem fazendo muitos gols e Vucinic continuou jogando bem.
A gota d'água para a iminente saída de Claudio Ranieri foi a inexplicável virada que o time da capital sofreu ante o Genoa: após estar vencendo por 3x1, acabou tomando a virada e perdeu de 4x3.
Para o lugar de Ranieri foi trazido Vicenzo Montella, que teve experiência como técnico apenas do time de base romanista.
Inteligentemente o ex-jogador da própria Roma manteve o 4-2-3-1 e não fez mudanças radicais no time. Porque isso seria ainda pior, já que não haveria tempo para adaptação, pese estarmos no returno da temporada.
Ele também colocou Totti no time, às vezes como atacante, outras como um meia, abrindo pelo lado esquerdo e invertendo com Vucinic.
No jogo contra o Parma, ele colocou Totti mais centralizado no meio, Brighi pela esquerda, Taddei pela direita e Vucinic como atacante. Tendo como volantes, De Rossi e Pizarro. E o time abriu 2x0, mas sofreu o empate, com dois gols de Amauri.
Ainda hoje, na vitória por 2x1 sobre o Lecce, Montella não controu com Totti (lesionado), deixou Vucinic na esquerda e Borriello como "9". Perrotta atuou mais centralizado e Taddei aberto pela direita.
Confesso que creio no 4-2-3-1, mas discordo totalmente de algumas peças que ele coloca em campo. Ménez não pode ser reserva neste time, tem vaga tranquilamente na vaga do brasileiro Taddei. Talvez Totti pudesse jogar mais centralizado no meio, tendo Vucinic pela esquerda e Borriello no ataque. Ou mesmo Ménez pela esquerda, Fabio Simplicio pela direita e repito, Totti centralizado.
Enfim, como era esperado, a Roma não mudou muito dentro de campo. Mas ao que parece, o "espírito" do time também não. E este é o problema!

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