Os Bhoys são os atuais líderes da SPL, com cinco pontos de vantagem sobre o Rangers, entretanto, com dois jogos a mais que os protestantes.
Tudo bem que na última rodada da própria SPL eles perderam para o Motherwell por 2x0, mas ainda assim é um time muito agradável de se ver jogar.
A começar pelo goleiro: Foster pertence ao Newcastle e faz uma excelente temporada. Tem tudo para desbancar Harper nos Magpies quando voltar.
O lateral-direito Mark Wilson, que foi o personagem da derrota no último fim de semana falhando nos dois gols, tem seu contrato vencendo no fim da temporada e está jogando demais. Um lateral completo, tanto marca quanto apoia com muitíssima qualidade.
Na zaga central temos a sólida dupla formada por Charlie Mulgrew e Daniel Majstorovic, que é a melhor da Escócia atualmente e tem um entrosamento perfeito, sem contar a velocidade de ambos.
O mexicano Emilio Izaguirre, que foi muito contestado por mim, é o titular absoluto na lateral-esquerda e com méritos, já que é figura constante nas jogadas ofensivas pelo seu flanco tabelando com Kris Commons. Eu o criticava justamente pelos espaços que dava ao apoiar, entretanto, ele conseguiu praticamente anular este "defeito" na brilhante fase em que vive.
Agora vamos ao setor que me agrada mais ainda neste time do Celtic, o meio-campo. Começando com o winger pela direita e capitão do time, Scott Brown. Um jogador que não tem na velocidade seu ponto forte, mas é muito bom tecnicamente e marca como ninguém. Canhoto, é visto por diversas vezes "cortando" para o meio e criando jogadas. Sua marca nesta temporada foi o gol de empate ante o Rangers em um jogo das oitavas-de-final da Scottish FA Cup (que foi 2x2), porque na comemoração ele fez questão de ir até El-Hadji Diouf em tom de provocação.
No centro do meio temos o israelense Beram Kayal, que faz uma temporada perfeita e talvez, seja um dos melhores jogadores do time, sem dúvida alguma. Ele era reserva, mas acabou ganhando a posição do sul-coreano Ki Sung-Yeung, na segunda metade da temporada.
Ao lado de Kayal temos o galês Joe Ledley (que sabe Deus porque não é titular na seleção), este sim titular absoluto do time desde o início da campanha. Um jogador completo, tanto na marcação quanto na criação de jogadas.
Como winger pela esquerda temos outro nome que é um dos melhores dos católicos, Kris Commons, jogador que chegou em janeiro junto ao Derby County e logo na estreia, marcou um gol e não mais saiu da titularidade, ganhando espaço inclusive, no 11 titular da seleção escocesa.
O setor que mais varia neste time é o ataque. Quem mais joga é o jovem Gary Hooper, atacante inglês mas que busca naturalização escocesa, para defender a seleção azul. Anthony Stokes é outro bom nome, entretanto, alterna entre boas e más atuações (mais boas do que más, é verdade).
Georgios Samaras é outro jogador oscilante, apesar de bom tecnicamente. Segundo os especialistas, ele não joga muito justamente por não se "encaixar" ao lado de Hooper.
Para concluir, não poderia me esquecer do homem que arma tão bem este time, o irlandês Neil Lennon, excelente treinador. O time não tem apenas qualidade, mas também uma disciplina tática admirável.
É bem verdade que a formação é sempre um 4-4-2 ortodoxo, que nunca varia. Contudo, até mesmo os atacantes auxiliam na marcação e quando jogam ante um time mais ofensivo, sempre consegue mortais contra-ataques, o Rangers que o diga.
Por isso é que vejo este time com uma certa força não para a próxima Champions League, mas sim, para a Europa League.
Nenhum comentário:
Postar um comentário