sábado, 12 de novembro de 2011

Champions africana já tem seu campeão


Após dois embates contra o Wydad Casablanca (Marrocos), o Espérance de Tunis venceu em casa e sagrou-se campeão da Champions Africana. O time tunisiano havia conquistado um título da antiga Copa dos Campeões africana e estará no mundial interclubes.

Diferentemente do título asiático conquistado pelo Al-Sadd, este não foi contestado pelos especialistas, já que o Espérance fez uma excelente campanha e foi muito bem tanto na ida quanto na volta. O equilíbrio deste duelo era conhecido desde a primeira fase, já que os dois times estiveram no mesmo grupo e empataram duas vezes.

O primeiro jogo da grande final foi realizado no Marrocos, no estádio do todo poderoso Wydad. Claramente o Espérance entrou para segurar o resultado e sair nos contra-ataques. Ainda assim, seu esquema foi um 4-4-2, deixando apenas os móveis N'Djeng e Bouazzi na frente e o craque Oussama Darragi no banco de reservas.

Mesmo com toda a pressão marroquina, os tunisianos se seguraram muito bem, concedendo pouquíssimas chances de gol. O Wydad, armado em um 4-2-3-1, concentrava seus ataques pelo lado esquerdo, com o habilidoso Ahmed Ajeddou. Enquanto isso, apenas N'Guessi ficava na área esperando a bola chegar.

A ótima marcação do Espérance conseguiu anular praticamente todos os ataques dos comandados de Michel Decastel,  tanto que nem o "maestro" Mohamed Berrabeh ou o habilidoso Yassine Rami se encontravam. Por outro lado, quem se destacou positivamente foi o goleiro Lamyaghri, que segurou o 0x0.

Depois deste empate no Estádio Mohamed V, o Espérance de Tunis se converteu em franco-favorito ao título, tendo a oportunidade de decidir no Stade Olympique d'El Menzah. Deu para notar este favoritismo logo no início, quando o time da Tunísia partiu para cima com tudo.

Nabil Maaloul posicionou seu time em um interessante 4-3-1-2. Esquema feito para Darragi, que era o trequartista do time. À sua frente seguiram N'Djeng (mais preso na área) e Bouazzi (segundo-atacante) e atrás estavam os ótimos Korbi, Traoui e Msakni.

Mas a medida mais "cirúrgica" foi sacar o defensivo lateral Coulibaly para colocar o ultra-ofensivo Harrison Afful, que se converteu em herói do time pouco antes do fim do primeiro tempo, quando recebeu a bola na ponta-direita, cortou para o meio, driblou seu marcador e com a perna esquerda colocou a bola no ângulo do goleirão do Wydad.

O primeiro tempo do Espérance foi massacrante. Toque de bola refinado e uma marcação que abafou os jogadores de qualidade do Wydad. A tática de Decastel para este segundo duelo foi colocar um meio-campo muito criativo, com Lakhal e Berrabeh como volantes, mas aí faltou mesmo aquela "pegada";

Pouco antes do fim da primeira etapa -mas já depois do gol- o lateral Lamssen deixou o cotovelo em N'Djeng e foi expulso. Nem é preciso dizer que o Wydad Casablanca voltou do intervalo completamente perdido.

Para completar, nas poucas vezes que a bola chegou a N'Guessi, ele se atrapalhou completamente e perdeu inúmeras chances de empatar e até mesmo virar a partida. Apesar destes esforços, o time anfitrião é que seguiu melhor na etapa complementar e poderia ter marcado mais vezes.

É difícil fazer uma comparação entre o Espérance de Tunis e o TP Mazembe*, campeão da última edição da Champions Africana. O Espérance me pareceu um time mais completo e com mais qualidade, sobretudo defensivamente.

*O mítico TP Mazembe acabou desclassificado desta edição da competição por ter escalado um jogador irregular ainda na primeira fase.

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