domingo, 29 de julho de 2012

Saga do Rangers: a primeira partida

O gol salvador de McCulloch.

Como todos sabem, o Rangers por fim foi liquidado e refundado por Charles Green. Já contei aqui no blog toda a história e portanto não o farei de novo. O que pretendo fazer é trazer balanços sobre cada momento do time durante esta saga. Saga que começou neste domingo (29) quando o clube visitou o Brechin e precisou de prorrogação para vencer.

Logicamente a torcida exigia uma vitória tranquila do time, mas as coisas não são bem assim. Parte do elenco das últimas temporadas seguirá em Ibrox, mas os principais jogadores se foram. Nomes como McGregor (Besiktas), Whittaker (Sion), Naismith (Everton) e Davis (Southampton) não assinaram contratos com a nova empresa e tomaram seus rumos. Isso dificulta a vida de Ally McCoist, mesmo tendo um plantel mais forte que o dos outros times da Third Division (que, para quem não sabe é a quarta divisão escocesa).

Na partida contra o Brechin, válida pela Ramsdens Cup (Copa disputada entre os times da Scottish Football League), McCoist manteve o tradicional 4-3-2-1 e, apesar do sofrimento, não perdeu em momento algum o controle do jogo.

O primeiro gol foi marcado logo aos 4 minutos, quando o garoto Lewis MacLeod (18 anos) roubou a bola do marcador e tocou para Andy Little. O norte-irlandês avançou, praticamente sem marcação, e finalizou no canto do goleiro Michael Andrews. Este gol foi um alívio para o Rangers, haja vista que sair perdendo para o Brechin na atual situação não agradaria muito a torcida.

Os comandados de McCoist seguiram melhores em campo. Atacaram sobretudo pelo lado esquerdo, onde Barry McKay encontrou muitíssimo espaço. Ademais, o lateral Lee Wallace resolveu atacar por lá também. O problema foi a quantidade de chances perdidas: McCulloch e o próprio Little tentaram duas vezes, mas Andrews interviu bem.

Enquanto isso o Brechin, aos poucos, se aproveitava dos contra-golpes. Em um deles, aos 43', chegou ao empate: o lateral-esquerdo Ewan Moyes fez um lançamento para Andrew Jackson, que escapou da marcação de Broadfoot e tocou na saída de Alexander.

A segunda etapa foi um pouco mais sonolenta, com uma ou outra chance isolada dos Gers. Mas justamente nos 45 minutos finais que o trivote do meio-campo apareceu mais. Na variação para o 4-2-3-1, o já mencionado MacLeod partia para os 3/4 aproveitando os espaços deixados pela marcação adversária. Enquanto isso Ian Black (ex-Hearts) e Kyle Hutton ficavam mais na marcação. Embora isso não tenha resultado no segundo gol, mostrou como o time deve se comportar em campo ao longo da temporada.

Já na prorrogação, a coisa não mudou muito de figura e os Blues mantiveram a posse de bola. E só. As melhores oportunidades saíram em bolas paradas. Inclusive o gol de McCulloch, marcado ainda no primeiro tempo da prorrogação, aconteceu após uma cobrança de escanteio. Com o segundo gol do Rangers, o Brechin não teve mais forças para reagir e ficou por isso mesmo.

Logicamente não há como apagar esta tragédia da memória da torcida, mas começar este duro caminho com uma vitória é ao menos um alento para os que tanto sofreram nos últimos meses.

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